Com o surgimento dos primeiros hospitais psiquiátricos, com um sistema asilar de tratamento, maus tratos, e exclusão do doente mental... Após segue-se com a saúde mental no contexto da reforma psiquiátrica que coincide com o período da Reforma Sanitária em todo o sistema de saúde. A preconização da assistência deixa de ser asilar e passa a ser no seio familiar, ou seja, a reforma psiquiátrica enfatiza a humanização da assistência a partir da desospitalização do doente mental, referenciando eles à serviços ambulatoriais de menor complexidade, e volta ao convívio familiar e social. No entanto, esse retorno do ao seio familiar ganhou proporções negativas, o doente mental continua com o estigma de excluído, marginalizado, incapaz e perigoso, afastando pessoas e sendo alvo de preconceitos o que pode agudizar uma crise. Por outro lado a família recebe esses pacientes sem um mínimo de treinamento, não sabem lidar com ele, travando ai um impasse, que pode ser tornar um problema social de abandono. Para preencher essa lacuna do não saber lidar do familiar e sociedade, e o retorno do paciente à vida social é necessário uma ajuda, é aí que o Programa Saúde da Família atua de forma a integrar o paciente aos serviços disponíveis e à sociedade. Entretanto, os profissionais desse programa não recebem também treinamento para isso, e mantêm a velha concepção que um tratamento baseia-se apenas no cuidado direto ao paciente, medicando-o.É preciso ir além, ajudar o paciente a se inserir na comunidade em que vive, é preciso se integrar aos demais níveis de atenção à saúde. É aí que aponta-se a deficiência da Reforma psiquiátrica hoje o distanciamento da realidade com as novas propostas, e para que isso fique exemplificado, usa-se o contexto da cidade de Juiz de Fora, mostrando através de pesquisas feitas com profissionais da atenção básica inseridos no Programa Saúde da Família as dificuldades e desconhecimentos por eles enfrentados. Sendo assim o Livro encerra a discussão mostrando a necessidade de treinamentos e reformulação de atividades, levando os conceitos do Sistema único d e Saúde á luz do dia, pois se isso não acontecer, a melhor saída de tratamento para os doentes mentais continuará sendo os hospitais psiquiátricos, os quais desenvolvem uma atividade atualmente mais humanizada. Assim o paciente sofre menos impacto de preconceitos e abandono.