Em uma civilização da Imagem, marcada pela fotografia, jornal, cinema, televisão, o cartaz tem um papel preponderante na formação do espaço urbano. O cartaz comporta um conteúdo funcional (promove a venda de alguma coisa) e um outro, estético (é mancha, espaço, cor) que não se liga diretamente ao procedente. Entre o funcional estrito e o estético puro, reside, incluindo-os, uma área difusa de aspirações e desejos, mobilizada a partir das expectativas da sociedade de massa. Assim, em um extremo, para estudar o cartaz, encontra-se o urbanista e o arquiteto, no meio, o teórico de comunicação mais o gráfico, e, no outro extremo, o psicólogo, o sociólogo, o economista. O grande mérito do presente título reside no esforço bem logrado por uma análise de convergência a partir destas especializações com vistas a uma compreensão mais dinâmica da sociedade tecnológica e de seus possíveis rumos, propósito que engloba os últimos trabalhos de Abraham Moles, todos eles traduzidos pela Perspectiva.