Nesta 2ª Edição será apresentada, de maneira imparcial e consubstanciada em obras escrita por autores da época, um estudo a respeito da atuação do Cristianismo frente à politica escravocrata brasileira, com intuito de esclarecer algumas inverdades repetidas ao longo dos séculos. Por muito tempo buscou-se uma explicação divina ou religiosa para justificar a escravidão e apesar de inexistir trechos claros de apoio à submissão humana e à degradação da carne, muitos passaram a utilizar duma passagem bíblica, de certa forma, isolada das demais para defender a instituição escravocrata. No período da colonização do Brasil foi defendido que o escravo deveria servir a seu senhor e que, em outro momento, sua alma seria encaminhada diretamente ao céu, pois lá eles encontrariam a liberdade, mas a liberdade espiritual. O que muitas pessoas não entendem é o fato de que neste período estava consolidada a ruptura entre Igreja e Estado, sendo este responsável por toda organização e regulamentação de comportamento entre seu povo e os povos estrangeiros, enquanto que à Igreja competia os cuidados da alma e do espírito, não podendo se envolver e interferir sobre a política aplicada dentro de determinados territórios.