A poesia é um dos destinos da palavra, diz Gaston Bachelard. Mas se depender de Bárbara, a poesia também vai ser o ponto de partida. Não existe chegar, neste livro de estreia. Aqui as palavras correm soltas, caem, mas não caem estáticas para criar raízes. Pelo menos não em um primeiro momento. Elas caem como pequenas sementes, sementes invisíveis, cuja intenção é voar livremente por aí até encontrar a condição ideal para brotar, que pode ser uma dança de coqueiros ou um trio mágico feito de mim, que escrevo esse texto, tu que vai mergulhar neste livro e ela, a poeta que abre portas para nós. Mas abre as portas de quê? Como um devaneio, a poeta desenha um pouco dessa resposta, dizendo: gosto do cheiro de chuva quando bate no mato. Esse é o aroma que deve existir dentro de mim. Dentro de Bárbara tem muitas, tem principalmente Babi, essa artista curiosa, errante, em eterno movimento, que se entrega ao ciclo do mundo com uma fome e uma sede, e principalmente, uma coragem que vai (...)