Nessa obra, Mariarosaria Fabris busca uma melhor compreensão do momento histórico e das obras do neo-realismo cinematográfico italiano que tinha como tendência a representação da realidade nacional e das camadas populares italianas entre o após-guerra e o início dos anos de 1950. Fabris faz uma releitura crítica de filmes e textos do movimento, cujas idéias-chave permanecem atuais, influenciando o desenvolvimento do cinema no mundo. No estudo das produções de cineastas como Roberto Rossellini, Vittorio De Sica e Luchino Visconti, assim como de sua recepção crítica, a autora faz uma contraposição entre a crítica italiana, com sua visão social das obras neo-realistas, e a crítica francesa, que estabeleceu aspectos formais para as produções do período. A análise abarca desde a filmografia imediatamente anterior ao neo-realismo, que anunciou traços estilísticos presentes dos filmes maiores do movimento, até o período de sua dissolução.