Após apresentar a base teórica na qual se funda a concepção ideológica que consagrou o trabalho livre/subordinado, a autora realiza uma ousada incursão intelectual acerca das mudanças e das tendências de rearranjo das relações entre o capital e o trabalho. Uma mensagem adequada para que você leitor, pelo curto caminho da poesia, possa, rapidamente, perceber o que lhe espera. Como na música de Lulu Santos: "Tudo que se vê não é Igual ao que a gente Viu há um segundo Tudo muda o tempo todo No mundo (...)" O livro é uma espécie de janela a partir da qual é possível perceber que os modelos de relações laborais sofrem graduais e contínuas alterações nas suas realidades concretas, que precisam ser reconhecidas e estudadas para que se estabeleçam as devidas conformidades sócio-jurídicas das quais resultem, como bem afirma a autora, o fortalecimento das relações individuais e coletivas de trabalho, para a construção de uma sociedade justa e solidária. Trata-se de uma revelação despreconceituosa de sensibilidade com o novo e de um caminhar em direção a uma espécie de quebra de paradigmas na seara do direito do trabalho. Emmanuel Plácido Oliveira de Moraes