Esta biografia de Maria Antonieta, escrita em 1932, é um clássico. Como em todas as biografias escritas por Zweig, o livro é mais do que a reunião de eventos, fatos e pessoas. Mostra um momento conturbado em que reuniram-se a crise europeia, um rei bom, mas hesitante, um povo revoltado contra a Monarquia, ministros fracos e lideranças populares despreparadas, e as consequências disso para a história. Todos esses fatores formam então o cenário em que iria reinar uma menina leviana, alienada e sobretudo medíocre, no sentido de incapaz de se interessar pelos acontecimentos que a rodeavam, voltada apenas para si mesma e seus divertimentos. Condenada à morte, revelou-se então a verdadeira descendente da poderosa família imperial dos Habsburgo: uma soberana digna e resignada, que caminha serena para a guilhotina. Segundo o próprio Zweig no posfácio do livro, sua intenção não era retratar Maria Antonieta de forma heroica, mas humanizá-la, e fazer com que o leitor compreendesse o que determinara tanto sua indiferença inicial em relação ao povo e à nação que governava, quanto sua majestade final diante de seus algozes.Casada aos catorze anos com o herdeiro da Coroa francesa, o futuro Luís XVI, Maria Antonieta mostrou-se desde o início inconsequente e despreparada para desempenhar o papel que haviam determinado para ela. Envolvida pelos acontecimentos sombrios da Revolução Francesa e condenada à morte, revelou-se então a verdadeira descendente da poderosa família imperial dos Habsburgo: uma soberana digna e resignada, que caminha serena para a guilhotina. Neste livro, Stefan Zweig dispôs as peças de um quebra-cabeça dramático para revelar o potencial trágico de uma personagem despreparada para o destino a ela reservado. Essa edição traz ainda: prefácio e posfácio de Alberto Dines, autoridade internacional em Stefan Zweig; uma cronologia da vida de Maria Antonieta; e um artigo de Zweig sobre história e cinema.