Um semelhante de lagarto levantou-se da cadeira de balanço, pairou no ar feito um beija-flor, algumas escamas lhe caíram das asas. Fez-me uma saudação, retirando uma elegante cartola da cabeça; apertou-se inteiro aos meus papéis, como se pertencessem a ele e eu tivesse pretensão de roubá-los, ajeitou o laço da gravata borboleta e perguntou-me, numa voz de barítono, se eu tinha algum agente literário, se ainda não tivesse me comprometido com nenhum, ele ficaria bastante honrado de me representar junto às boas editoras, excelentes mesmo, que existiam em cada esquina do lugar onde residia e trabalhava.