Na calada da noite, o professor de filosofia Shizuka Kanai faz um retrospecto da tomada de consciência da própria sexualidade. Em forma de diário, esta narrativa de Ogai Mori considerada patrimônio cultural pela Unesco e inédita no Brasil traça um amplo panorama da vida íntima japonesa na década de 1910, satirizando sutilmente o movimento artístico do naturalismo, então em voga.Uma história sobre o desenvolvimento da vida sexual de qualquer personagem na literatura já criaria naturalmente em torno dela uma aura de curiosidade. Que dirá no caso de uma novela de cunho assumidamente biográfico escrita por um autor japonês do início do século XX. Pois é essa a premissa deste Vita sexualis, de Ogai Mori, que põe o personagem Shizuka Kanai - alter ego do autor - para contar a dor e a delícia das consequências próprias e inerentes à libido. Importante também como registro de um Japão que começava a se abrir às influências ocidentais (inclusive na literatura), Vita sexualis ilustra muito dos costumes e dos valores familiares e sociais da época.Uma história sobre o desenvolvimento da vida sexual de qualquer personagem na literatura já criaria naturalmente em torno dela uma aura de curiosidade. Que dirá no caso de uma novela de cunho assumidamente biográfico escrita por um autor japonês do início do século XX. Pois é essa a premissa deste Vita sexualis, de Ogai Mori, que põe o personagem Shizuka Kanai - alter ego do autor - para contar a dor e a delícia das consequências próprias e inerentes à libido. Importante também como registro de um Japão que começava a se abrir às influências ocidentais (inclusive na literatura), Vita sexualis ilustra muito dos costumes e dos valores familiares e sociais da época.