A sociedade cooperativa está presente em vários setores da atividade econômica. Neste trabalho, a autora enfoca as cooperativas de trabalho, buscando confrontar o modelo concebido a partir da doutrina cooperativista e dos princípios que a informam, com a realidade que emerge do seu uso no campo das relações trabalhistas, discutindo-se, afinal, uma regulamentação que garanta aos trabalhadores direitos mínimos fundamentais. A cooperativa de trabalho pode significar uma alternativa legítima de trabalho e renda num cenário de desemprego estrutural crescente. No entanto, as graves distorções observadas na sua utilização demostram a necessidade de melhor compreensão do modelo para adequá-lo às demandas concretas de nossa sociedade, consideradas suas peculiaridades e o particularismo de sua história.