O dia estava frio e eu comecei a ler Fragmentos de Alma, de Maristela Temer. Antes da frieza do dia, havia pensado nas noites que se prologam quando a alma dói. (...) Fui lendo o livro, página por página. Sorvendo as explicações sem explicação. De onde vem o que somos? (...) No dia frio em que li, fiquei, aquecido. Dormi no primeiro dia, ainda sem ter lido o desfecho. Madruguei curioso e prossegui. Parei, algumas vezes, e compreendi que aqueles sentimentos eram universais. Na primeira fazenda, o mundo vasto, desconhecido. Na segunda, o possível. Mais não posso dizer. O que digo é que Maristela Temer é uma escritora de fôlego. Que prossiga, é esse meu desejo amoroso. Desejo de quem ama as gentes e as palavras. E as histórias nascidas desses encontros. No não dito também moram palavras. Dentro da gente, das gentes. E um dia, alguém lê e semeia...