Há mais de uma década ouve-se falar na necessidade de reformar-se o aparato judiciário, de funcionamento moroso e reduzida eficiência. Poucos resultados, entretanto, foram efetivamente alcançados até agora. De fato, nota-se que nem sempre tais projetos vêm precedidos de estudos críticos seja quanto à complexa dinâmica causal envolvida no funcionamento deficitário de nossa Justiça, seja no que se refere à pertinência ou à relação custo-benefício de algumas medidas polêmicas, cogitadas como solução para o que se pode identificar como uma crônica crise de eficiência do Poder Judiciário. É justamente como contributo a tais discussões que se pretende inserir a obra, cuidando igualmente de identificar um campo legítimo de atuação, tendente à superação desse decantado quadro de crise, especialmente reservado a um dos mais importantes segmentos envolvidos nesse processo - a própria magistratura nacional.