Ao lidar com tópicos como natureza humana, cultura, sociedade e história, o discurso das ciências humanas termina sempre escapando às tentativas de definir esses conceitos. Hayden White examina aqui o problema das relações entre descrição, análise e ética nessa área, estudando autores tão diversos como Piaget e sua teoria do desenvolvimento; Freud e a interpretação dos sonhos; E. P. Thompson e sua história da classe operária inglesa além de outros pensadores como Vico, Croce e Foucault para mostrar como o discurso espelha ou repete as fases pelas quais a consciência deve passar no seu processo de apreensão, de forma a organizar a realidade concreta. Para o autor, em face dos obstáculos enfrentados pelas ciências humanas, seria possível adotar estratégias semelhantes às da arte e da literatura. Dessa perspectiva, arte e ciência deixam de ser formas excludentes de conhecimento.