Um «fazedor de milagres»: é o que muitos pensam sobre o Padre Pio. Mas não era assim que o próprio se via. «Sou um pobre frade que reza», respondia quando lhe perguntavam da sua espiritualidade. A resposta sintetiza bem a existência de um homem que sempre demonstrou uma absoluta confiança em Deus e que se abria para aceitar tudo o que viesse das mãos d'Ele: alegrias e sofrimentos (e quanto sofrimento!); a saúde frágil que não lhe permitia morar no convento; a guerra; a vergonha; a perseguição pelos irmãos e por membros da hierarquia da Igreja... Houve milagres na sua vida? Sim, muitos, e dons extraordinários: estigmas, bilocação, clarividência. Mas, sobretudo, houve as conversões que se davam no segredo do confessionário, onde ele chegava a passar mais de doze horas por dia, e houve o amor que dispensava aos pacientes da sua Casa de Alívio do Sofrimento, hospital que fundou para curar corpos e almas.