O livro aborda a dimensão educativa do trabalho coletivo de alunos participantes do PCE - Programa de Cooperativismo nas Escolas - na região Fronteira Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Sua hipótese básica é de que, com o desenvolvimento de práticas cooperativas, os alunos constroem a consciência cooperativa. O texto inicia-se com a construção do referencial teórico, tendo o trabalho como categoria explicativa para a educação e o cooperativismo e, na práxis, o processo gerador da tomada de consciência e construção da sociabilidade. Nesse propósito, a história do trabalho coletivo na região em estudo e suas repercussões são apresentadas como elementos necessários ao entendimento do cooperativismo e o surgimento do PCE em 1993. O registro histórico da trajetória do PCE como experiência educativa revela os caminhos percorridos por esta iniciativa educativa. A delimitação deste estudo permite a problematização de apenas um elemento do PCE, considerando o mais importante no último período: as práticas cooperativas de alunos em escolas. A partir de uma pesquisa de campo com alunos e professores participantes das práticas cooperativas foi possível constatar que o trabalho cooperativo é uma experiência educativa e que os valores construídos na forma de organização dos alunos influenciam na mudança de comportamento onde vivem e, portanto na consciência dos que participam dessas práticas.