Em 1944, mais de 20 mil brasileiros foram convocados pelo governo Vargas para lutar ao lado dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. Entre os escolhidos estava Boris Schnaiderman, o grande intérprete da literatura russa no Brasil, que realiza, a partir desta experiência como "pracinha" na campanha italiana, uma tradução de outra ordem. Em seu único livro de ficção, Schnaiderman constrói a trajetória dos combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB), desde a convocação repentina até a volta para o Brasil. O percurso é trabalhado a partir de perspectivas individuais frente às catástrofes da guerra, compondo uma prosa em surdina e intimista, ainda que em múltiplas vozes.