O Brasil desconhece aquilo que tem de melhor. Uma reforma silenciosa, marginal, está acontecendo por aí. Os professores que habitam escolas invisíveis não recebem reconhecimento público. Por vezes, recebem injustiça, mas dão lições de resiliência. São mal remunerados, mas não usam o baixo salário como álibi. Não auferem de benefícios nem aspiram à celebridade. Fazem milagres com os recursos de que dispõem, pois o Brasil não é pobre em recursos humanos, ele desperdiça recursos. Os educadores anônimos que habitam as escolas invisíveis tecem uma rede de fraternidade. Geram esperança, em um Brasil condenado a acreditar que, pela educação, há de se chegar a uma cidadania plena.