A poesia de Ondjaki nos faz resignificar o antes e o depois. O antes encontra a descoisa, o depois, a coisa. O depois encontra o objecto, o antes um desobjecto. Com sua poesia sentimos o cheiro do barulho do passarinho no céu, o som da cor dourada do sol. O pulmar do pulmão. A lesma do rastro húmido nos leva ao rio da infância e o espanador da estória só maneja o fantástico do beijo, da pedra, das rãs, das celebrações de amizade e do amor.