O presente estudo discute o papel desempenhado pelas mostras para difundir uma dada concepção sobre o moderno. O livro apresenta a ideia de que a historiografia consolidada, ao demarcar a produção nacional com base em marcos referenciais da arquitetura paulista e carioca, impede a contribuição de expoentes de fundamental importância para a compreensão do viver brasileiro da década de 1950. A proposta de investigação centrada no levantamento e análise dos 255 trabalhos expostos ou recusados nas cinco primeiras bienais objetiva assinalar sintonias e dissonâncias entre as soluções de projeto, aqui consideradas como indicativas da consciência artística e cultural de um momento decisivo para a constituição de novos modos de sociabilidade.