O livro apresenta um estudo das concepções de gestão democrática assumidas pela política educacional brasileira, analisando os programas gestionários implantados no sistema de ensino brasileiro e investigando a percepção dos sujeitos educacionais sobre a construção de ações e de relações transformadoras e participativas geradas pela gestão coletiva da escola. No campo da discussão e do aprofundamento do tema, buscou-se a realização de um estudo descritivo-analítico das concepções de gestão democrática presentes nas políticas e nas propostas educacionais do Governo Federal brasileiro no período de 1995 a 2002, analisando suas consentaneidades e suas divergências com as concepções presentes nas discussões teóricas recentes sobre a dimensão da gestão, além de verificar as transformações geradas por essas propostas nas práticas dos sujeitos escolares. Foram adotados procedimentos como a pesquisa bibliográfica, a análise documental aplicando as análises conjuntural, de enunciação e de discurso contidas nas idéias presentes nos programas e projetos do Sistema de Ensino Federal brasileiro. Por meio de observações e entrevistas com alunos, professores, pais de alunos, gestores e funcionários de uma escola pública do Município do Rio de Janeiro, verificou-se o modo como esses programas e propostas têm contribuído para transformações nas práticas que se dão no interior da escola. Além da contribuição teórico-metodológica que este livro traz para o campo da política e da gestão educacional, é de relevância acadêmico-científica, na medida em que possibilita uma melhor compreensão de concepções que fundamentam as propostas de gestão ditas democráticas para a educação e o ensino brasileiros.