O livro analisa a fronteira sul da América e suas complexidades a partir do contato entre pessoas dentre os anos de 1750 a 1830. Espaços marcados pelo seu múltiplo significado e também por sua imprecisão geográfica, a fronteira era um palco de relações no plano social, político e econômico. A experiência do viver em fronteira evidencia uma série de questões que envolviam autoridades portuguesas e espanholas, bem como povos indígenas e negros escravizados ou livres. Desta forma, a autora procurou mostrar um panorama social da fronteira sem perder de vista os problemas das relações internacionais, envolvendo disputas territoriais representadas pela posse da Colônia do Sacramento. Num contexto marcado por guerras e tratativas de paz, as ações de pessoas que circulavam nos locais em disputa poderiam causar conflitos num contexto mais amplo das relações internacionais. Assim, portugueses, espanhóis, índios e negros - sejam escravizados ou livres conviviam nestes espaços e procuravam (...)