Engana-se quem acreditar que Lúcia se fecha, como Gabriel Alvarenga nos escreve nas primeiras linhas. Lúcia surpreende, abre o que já se encontra à nossa frente, abre nossos olhos, nossos ouvidos e língua. Lúcia surpreende-nos com as falas ressoadas na parede do quarto. É aí, em seu quarto, onde poderia parecer o lugar mais secreto, que Lúcia abre o lado da história que ela não conseguiu gritar. O corpo de Lúcia grita, tosse, elimina, expulsa o que não conseguiu verbalizar.