O livro “Matar ou morrer”, de Phillip Drummond, é uma obra recheada de impressões pessoais sobre esse western clássico do cinema americano, que traz detalhes curiosos da produção e uma filmografia minuciosa, com notas e bibliografias. O filme, que foi realizado em 1951 e lançado em 1952, ganhou quatro Oscar em 1953 e fez de Fred Zinnemann o diretor do ano dos críticos de Nova York. Logo se tornou um dos mais célebres e polêmicos do período de pós-guerra, marca de um momento explosivo do conflito entre a indústria cinematográfica americana e o anticomunismo: o roteirista e produtor Carl Foreman foi afastado da produção e posto na lista negra dos estúdios, o que o obrigou a emigrar para a Inglaterra. A história, aparentemente singela, se passa no fim do século XIX, em um povoado do Oeste dos Estados Unidos, onde um xerife resignatário casa com sua noiva e planeja partir para uma nova vida. Seus planos são alterados quando ele recebe a notícia de que um famigerado fora-da-lei conseguiu a liberdade condicional e planeja vingança contra ele, responsável por sua ida para a cadeia.