Eli ficou presa em seu quarto em razão de uma estranha doença que está assustando a todos lá fora. Ao brincar com a porta ela é sugada pelo buraco da fechadura e viaja para lugares distantes e desconhecidos. A cada viagem conhece uma casa nova com pessoas e realidades muito distintas da que ela vive. Ao passar em cada uma das casas, Eli vai se transformando. Uma força misteriosa a conduz por essas moradas e a leva, finalmente, para sua própria casa coração. Uma doença estranha faz cobrir o sorriso. Não deixa a gente se abraçar, nem ir à escola Uma criança viaja pelos buracos da fechadura. Em cada novo lar uma sensação desconhecida, realidades completamente diferentes. Que vale mais, a chave ou o chaveiro? Como pode existir uma casa sem fechadura? E sem porta? E sem paredes? Dizem que o riso faz folia nos pulmões e deixa a gente forte. Eli também sentiu seu peito brincar. E ao fechar os olhos, antes que pudesse notar, foi sugada novamente pelo buraco da fechadura. (...)