Onde estavam os estudantes e o movimento estudantil durante os "anos de chumbo"? Qual o papel de suas lutas cotidianas, muitas vezes invisíveis ao conjunto da sociedade, para a redemocratização? Como os estudantes, no dia a dia das universidades, enfrentaram a ditadura militar? Estas são as perguntas centrais deste livro. O texto mergulha em zonas pouco conhecidas do movimento estudantil durante o regime militar brasileiro. A alentada pesquisa de Angélica Muller mergulhou no dia a dia dos campi entre 1969 e 1979, iluminando os debates, atividades, impasses e pequenos protestos estudantis ainda pouco conhecidos, sobretudo até a explosão das ruas em 1977. O trabalho demonstra que, apesar da proibição das atividades políticas e organizações tradicionais, os estudantes se aproveitaram das brechas da legislação autoritária para continuar se organizando, sobretudo dentro dos campi universitários.