A população de rua compõe-se de pessoas com identidades fragmentadas, de frágil auto-estima, que romperam os laços familiares e de amizade. Diversas tentativas de inclusão social vêm sendo feitas visando a recuperação de autonomia perdida diante da vida e de estruturação de identidades positivas. Uma das tentativas consiste na realização das cooperativas de trabalho, mediante as quais os moradores de rua se unem para vender o produto de seu trabalho diretamente para as fábricas e os grandes atacadistas. O presente estudo contempla não somente as possibilidades da conquista da cidadania por parte dos moradores de rua mediante as cooperativas de trabalho, mas também suas limitações e ambigüidades.