Um filosofo, um professor de filosofia, um pensador honesto e até mesmo uma simples criatura de bom-senso, não podem negar a existência da Filosofia Espírita, a menos que não saibam o que essa palavra significa. Muito menos negar a natureza filosófica de O Livro dos Espíritos, que é um verdadeiro tratado de Filosofia. Veja-se por exemplo, como Yvonne Castellan, que não é espírita, encara esse livro em seu estudo sobre o Espiritismo. Consulte-se o Dicionário Técnico e Científico de Filosofia, de Lallande. E leia-se o admirável ensaio de Gonzáles Soriano, desafiadoramente intitulado El Espiritismo es la Filosofia. A definição de filosofia que subsiste como essencial é a de Pitágoras Amor da Sabedoria. Daí a exatidão do axioma: A Filosofia é o pensamento debruçado sobre si mesmo. Assim, o objeto da Filosofia é ela mesma, não está fora, mas dentro dela. Podemos defini-lo como a relação entre o pensamento e a realidade. Essa a razão de Gonzáles Soriano afirmar que o Espiritismo é a Filosofia.