Neste livro, Marcos Rey volta a retratar a cidade de São Paulo, onde o fascinante e perverso cotidiano dos homens da metrópole é descrito em toda a sua ambiguidade. Nesse universo estão Norma, Sandra e Sylvana Rios, em três momentos distintos de sua trajetória. Norma é uma belíssima, pobre e carente manicure da Vila Carrão. Sandra, balconista de loja, modelo fotográfico, garota de programa e corretora de negócios escusos. Já Sylvana Rios é uma bem-sucedida atriz de rádio, TV e cinema, todas no paulistano cenário da avenida Ipiranga, da avenida São João, da velha Rádio Excelsior, do ateliê de madame Rosita, na avenida Paulista. Como em vários outros romances do autor, este livro também é um passeio pela cidade que ele tanto amava. “Alguma coisa acontece no meu coração,/ que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João.” Esses versos iniciais da canção Sampa, de Caetano Veloso, retratam muito bem o núcleo das narrativas de Marcos Rey, autor que tão bem fotografou em palavras o centro paulistano dos anos 1960. Em Café na cama, Norma Simone vê seus padrões morais se transformarem lentamente, refletindo um lado sombrio e sofrido de nossa sociedade.“Alguma coisa acontece no meu coração,/ que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João.” Esses versos iniciais da canção Sampa, de Caetano Veloso, retratam muito bem o núcleo das narrativas de Marcos Rey, autor que tão bem fotografou em palavras o centro paulistano dos anos 1960. Em Café na cama, Norma Simone vê seus padrões morais se transformarem lentamente, refletindo um lado sombrio e sofrido de nossa sociedade.