Editado pela primeira vez em 1966, “Gramática expositiva do chão” recebeu Prêmio Nacional de Poesias e também o da Fundação Cultural do Distrito Federal, chamando a atenção de literatos e intelectuais – embora o reconhecimento mais amplo do poeta tenha vindo mais tarde. Seu estilo iconoclasta e ousado registra-se em construções inusitadas, como o poema que abre o livro, uma mistura de prosa com lista de pertences que inclui, entre outros itens, “o retrato do artista quando coisa” e “a criatura sem o criador”.