"Temos de reconhecer que a atual administração estadual tem feito um esforço para reduzir o número de homicídios no âmbito do seu governo e tem conseguido resultados melhores do que no passado. Mesmo assim, tendo a violência já sob certo controle, ela é ainda muito alta para os padrões dos países civilizados. Não admira que, curiosamente, em 2002 a Cidade do Recife teve tantos homicídios quanto em toda a França e que a cidade de São Paulo, em 2007, comparativamente, fosse responsável por 1% de todos os homicídios praticados no mundo"(Edijéce). "A violência doméstica é geralmente causada nos ambientes em que as crianças e os adolescentes se encontram e convivem - o domicílio - o que faz com que os mesmos apresentem representações de insegurança, de dependência e, consequentemente, demonstrem dificuldades: de participação em atividades sociais, de relacionamento com outras pessoas, ou seja, no ambiente extra e intra-doméstico. Essas dificuldades irão, consequentemente, interferir na forma como eles expõem suas necessidades e expectativas diante da vida, além de direcionar as diversas respostas dos violentados quanto à situação vivenciada" (Davina). "Em todas as comunidades há a ocorrência da violência envolvendo algum membro das famílias, trazendo consequências irreversíveis na vida das pessoas. O problema de depressão desenvolvido por muitas mães que têm filhos envolvidos na criminalidade é o problema de saúde mais frequente e grave. Observou-se em João de Barros que 33,33% das pessoas entrevistadas apresentam um quadro de depressão como resultado da violência. No Alto de Santa Izabel e Chão de Estrelas, das pessoas que confirmaram a existência de membros de suas famílias inseridos na violência ativa e/ou passiva, 14,70% sofrem de depressão" (Janice).