A reformulação dos dispositivos de Direito Material pela crescente convergência entre as tecnologias digitais e as práticas culturais tem apontado para a necessidade de uma nova concepção do instrumento de trabalho do jurista, qual seja, o processo, através do qual a jurisdição opera, tendo como autores profissionais dos quais se exige cada vez mais qualificação. Nesse contexto dir-se-ia que o Direito Substantivo atual, ao descrever normas mais pragmáticas e peculiares das ações permitidas e não defesas, colocou em relevo outros problemas e possibilidades de recuperação e busca de efetividade do Direito Adjetivo, hoje incapaz de dar as respostas no tempo e com a eficiência que a população tanto reclama. Ocupa-se, assim, a presente coletânea, com participação de juristas ilustres e, ao mesmo tempo, operários do Direito com a comunicação escorreita com o público, seja acadêmico ou dos profissionais da área, de quaisquer das diferentes comunidades de interlocução, de forma multicultural e objetiva, com o estabelecimento de novos paradigmas, indagando e propondo sugestões acerca dos usos mais variados do instrumento do jurista, formulando novas categorias de entendimento e descrição das ações, das partes, do Estado-Juiz, bem como dos instrumentos procedimentais, voltados hoje à efetivação dos institutos materiais (bens de vida). Essa é a nossa proposição, para o qual não medimos esforços, clientes das nossas limitações e da complexidade dos diversos temas relacionados, mas fortalecidos pela concretização das idéias traduzidas nessa Coletânea, as quais poderão servir, queremos crer, ao menos para o aprimoramento das discussões jurídicas na seara processual. No presente trabalho estão reunidos diversos textos, alguns de auditoria de mestrandos, com novas idéias e perspectivas, além de outros de doutrinadores cuja autoridade é inegável na seara jurídica, todos com a finalidade de discutir aspectos relevantes da ciência processual, tanto do processo individual, como do processo coletivo.