Obra-prima do autor e um dos maiores romances do século xx, A morte de Virgílio narra as últimas dezoito horas do grande poeta romano em seu retorno de uma viagem à Grécia. Por ruas barulhentas e movimentadas o poeta vai do navio ao palácio do Imperador Augusto em Brindisi, onde, desiludido com o seu tempo, decide destruir o manuscrito da Eneida. Composto por sonhos, pensamentos e falas do poeta, esse monólogo interior, onde se condensam e se cruzam diversos tempos e espaços, memória e experiência, transporta o leitor por uma vasta meditação lírica que exprime a inquietação sobre a morte, o sentido da vida e a possibilidade de conhecer o mundo, traçando um paralelo simbólico com a crise espiritual do mundo atual. O resultado dessa combinação única de reflexão poética, filosófica e análise psicológica é uma das obras essenciais da narrativa do século xx.