Como diz Mia Couto, em seu livro Cada Homem é uma Raça: a "História de um homem é sempre mal contada. Porque a pessoa é, em todo tempo, ainda nascente. Ninguém segue uma única via, todos se multiplicam em diversos e transmutáveis homens". Ou mulheres, como é o caso de Cecília Meireles... Tão multifacetada e múltipla como os mitos orientadores de sua trajetória como mulher, professora, escritora, jornalista, poeta... É por este motivo que, apesar dos inúmeros estudos e teses acadêmicas a ela dedicados nos últimos anos, parece ainda haver algo a ser desvendado em sua obra. Então, nos perguntamos: o que teria Luzia para nos dizer neste livro, que ainda não foi dito? Como leitora privilegiada que fui do seu texto, ao acompanhar sua elaboração desde os primeiros esboços, posso garantir que a pesquisa realizada por esta pesquisadora no seu doutorado, tem sim muito a nos revelar sobre uma dimensão ainda pouco explorada nos estudos sobre Cecília Meireles. Sobre os motivos simbólicos (...)