O livro que você tem em mãos nasce da compreensão de que o ano de 2016 não pôs em xeque no Brasil apenas a sua democracia, mas também a nossa concepção de História como área do conhecimento e, assim, socialmente reconhecida. Em alguma medida, é uma tentativa dos historiadores de pôr em evidência a característica eminentemente conflitiva dos processos históricos no Brasil. Vai na direção oposta de uma academia que construiu uma História do Brasil em que os grandes impasses sempre foram solucionados por um acordo entre os de cima. Aqui, ao contrário, se evidenciam também as rupturas, as resistências e os projetos que foram derrotados. A vitória de grupos poderosos não é sinônimo de processos sem confl itos, sem resistências. Esse é um aprendizado também deste tempo.O livro que você tem em mãos nasce da compreensão de que o ano de 2016 não pôs em xeque no Brasil apenas a sua democracia, mas também a nossa concepção de História como área do conhecimento e, assim, socialmente reconhecida. Em alguma medida, é uma tentativa dos historiadores de pôr em evidência a característica eminentemente conflitiva dos processos históricos no Brasil. Vai na direção oposta de uma academia que construiu uma História do Brasil em que os grandes impasses sempre foram solucionados por um acordo “entre os de cima”. Aqui, ao contrário, se evidenciam também as rupturas, as resistências e os projetos que foram derrotados. A vitória de grupos poderosos não é sinônimo de processos sem conflitos, sem resistências. Esse é um aprendizado também deste tempo.