Roland de Azeredo Campos, físico-matemático, vem-se dedicando já de algum tempo a explicar e explorar as relações entre a arte e as ciências modernas. Este mesmo livro foi concebido e impresso com procedimentos de digitalização. Em termos literários, ele pertence à antitradição dos textos de alto teor icônico, pouco palmilhada entre nós - Décio Pignatari e Valêncio Xavier seriam os seus mais próximos antecessores, o primeiro ainda mais aparentado a ele pela intencionalidade das articulações semióticas e pelo domínio do idioma, que Roland maneja com destreza e concisão machadianas, inseminadas pelas inovações de Joyce e Guimarães Rosa.