O pensamento do Professor Arthur é substancial para entender-se que o mal e o ódio estão banalizados. E também, o indivíduo, ante a radicalização da sociedade, passa a receber a informação conforme lhe convém. Nesse processo, o discurso do ódio é facilmente ressignificado, passando uma ideia de liberdade de expressão. Tem-se, nas páginas que seguem, muito mais do que um livro de Direito. A atemporalidade das «reflexões» não conspurca a contemporaneiade científica de cada palavra escrita por Arthur, que legitima uma viagem pelas turbulências de um mundo pandêmico, transpirando a esperança e a sensibilidade imperiosas à compreensão de que não existe vida digna sem que o sujeito possa expressar seus desejos e convicções, pois a dignidade é preceito essencial para a formação da personalidade humana, bem como a concretização de um ambiente democrático.