Marcio de Freitas Giovannetti adiciona ao método psicanalítico a função de testemunho. Coerente com o legado de Freud, aberto a atualizações e inspirado por Walter Benjamin e Giorgio Agamben, ressalta o contemporâneo que mantém fixo o olhar no seu tempo, para nele perceber não as luzes, mas o escuro. Como testemunha, o psicanalista dá voz ao que ainda não pode ser legitimado enquanto experiência vivida. Não se restringe ao recalcado ou ao emergente em situações de falência psíquica; toma em consideração o mundo. Se um de nós se chamasse Raimundo, seria uma rima, não uma solução.