São muitos os casos de pessoas que, diante da brancura da folha, se acham como que paralisadas, quando não tomadas de pânico. O maior desafio do ato de escrever é justamente começar. Depois, assunto puxa assunto, conversa puxa conversa, escrever puxa assuntos que puxam o reescrever. Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam outros assuntos. Termina-se sabe Deus onde.