A formação de pesquisadores e leitores autônomos, reflexivos e críticos tem sido um dos desafios das faculdades de ciências sociais mediante o processo de globalização e a massiva produção acadêmica e midiática que tende a distorcer o sentido dos acontecimentos históricos e recentes. Mais que decodificar o que está presente nos textos das leis ou nas doutrinas e dogmas do direito e das ciências sociais o processo de uma formação acadêmica crítica pressupõe o acionamento dos conhecimentos de mundo pelo viés do decolonialismo e desocultamento da história, visto que as soluções “modernas” se apresentam incapazes de lograrem efetividade, sobretudo de perseguir ideais atrelados ao conceito de justiça social. A processo histórico de ocultamento de sujeitos e da negação de direitos culminam num cenário de descaso, abandono e de grande violência sistêmica. A presente proposta concentra-se na pesquisa e produção acadêmica que explore o universo desses novos sujeitos e dos novos direitos que deles decorrem, sob a perspectiva e experiência do novo constitucionalismo latino-americano e das práticas que tem adotado como alternativas à modernidade que carece de um esforço comum para estabelecer novas perspectivas críticas. No sentido de explicitar as contradições inerentes ao cenário assimétrico da vida contemporânea e conceber uma reflexão crítica de si mesmo, sempre aberta à revisão.