O que estamos vivendo é inimaginável, mas é inconcebível o quanto temos nos deixado dividir e desarticular. Está aí um micro-organismo, letal aos pulmões, deixando claro que é a mão invisível que nos sufoca, desorienta, arranca-nos órgão por órgão, membro por membro. Lamentável ver que muita gente não dá por isso. E estando nesta grande caixa de Pandora encontramos a Literatura, que substanciosa e perenemente nos irriga. Esta publicação literária que agora você toca, olha, ouve, sente é uma oferta sinestética e coletiva que lhe é feita. Dois anos atrás, os brasileiros Anderson Antonangelo, Vitor Varella e Taynnã Santos encontraram-se num bar da cidade de Braga e fizeram de uma epifania pedra fundamental, materializando ali o que como tríade já eram: um coletivo. Impulsionados os três pelo fôlego do encontro, foram com olhos atentos, e mãos dispostas, forjando o Sinestéticas; já de pronto perceberam a urgência de intersecção com outras vozes, outros compassos, indo além da (...)