A obra de César Barros Leal traz um enfoque absolutamente inovador, pois foca a Justiça Restaurativa na aplicação em prisões e centros de internação de adolescentes infratores. Na Justiça em que todos ganham e ninguém perde, podemos compreender por que diversos termos já foram empregados para designá-la: justiça doce, transformadora, relacional, reconciliadora, pacificadora, participativa, reconstitutiva, restauradora, reparatória ou transformadora. Assim como a polifonia tem como principal propriedade a diversidade de vozes controversas no interior de um texto, o livro de César Barros Leal tem a multiplicidade de pensamentos e saberes que são verdadeiras vozes clamando por uma nova justiça. Tão profundo quanto didático, o livro que ora se prefacia encontra tempo para apresentar quadros explicativos e comparativos muito simples, tanto quanto faz reflexões das mais profundas.