A olho nu reúne um conjunto de ensaios sobre literatura, cinema, teatro, canção popular e política. Neles destacam-se, de um lado, os estudos sobre a literatura, incluindo tanto a prosa como a poesia, com especial ênfase na formação dos leitores literários. De outro lado, há a forte presença da dimensão política, não apenas quando se trata diretamente de temas políticos, mas também na abordagem de temas culturais que requerem um olhar politizado. Norteia os textos a convicção do autor de que todos deveriam escrever. Para dizer como a personagem Kaspar Hauser que por gostar muito de música se pergunta: Por que não tocamos piano da mesma maneira como respiramos?, todos deveriam escrever como se respira, para manter a mente funcionando, pensando, admirando-se das coisas circundantes.