O livro busca mostrar a necessidade social e política das empresas em se comprometerem com a inclusão dos trabalhadores com deficiência, ultrapassando simplesmente a obrigação do cumprimento legal. Sugere-se a utilização do deslocamento do conceito de deficiência, baseado em parâmetros biomédicos, para o biopsicossocial, no qual há maior interação entre o indivíduo e os fatores contextuais que o cercam. Desta maneira, estes trabalhadores ficam aptos à assumirem papéis de igual consideração dentro das organizações. O arcabouço teórico deste modelo pautou-se em uma perspectiva filosófica de justiça, baseada nos funcionamentos básicos de cada indivíduo, acessados empiricamente a partir da soma dos estímulos e das respostas geradas. A sugestão de aplicabilidade foi realizada através do uso da ética organizacional, a qual busca ressaltar o exercício de julgamento prático, o fortalecimento da identidade profissional e a capacitação do trabalhador inserido em uma gestão cooperativa. O leitor é convidado a refletir sobre as práticas organizacionais existentes e as diferentes formas de fazer gestão, sendo conduzindo a repensar, entre outras coisas, o significado da expressão “ser competente”, reforçando a importância do senso de pertencimento e de coletividade sob o ponto de vista do trabalhador. Por fim, o leitor é estimulado a acompanhar todo o processo dento de um sistema complexo do qual faz parte.