Somente a partir de uma mudança conceitual de paradigmas, é possível tratar a Mobilidade a Pé como um sistema que também trabalha com o conceito de fluxos, os fluxos a pé. Ou seja, quando esta visão descola o conceito da Mobilidade a Pé do enfoque que limita sua abordagem, a “Segurança de Trânsito”. Só assim torna-se claro o entendimento do conceito da rede de caminhada como matéria prima que alimenta todas as demais redes de mobilidade. E, por este motivo, a mais importante e prioritária. Sob esta mudança, nascem políticas públicas capazes de desenvolver diretrizes gerais para o planejamento do desenho urbano, operação, e demais ações que envolvem a vida da cidade. Neste livro, Meli Malatesta reúne os princípios que regem a caminhada no espaço urbano na sua forma utilitária e fruitiva. Também traz outras políticas públicas transversais e igualmente importantes como meio ambiente, saúde, segurança pública, educação e cidadania, contempladas quando se estuda a importância da Mobilidade a Pé para o futuro das cidades. - O abismo entre a realidade atual e a proposta de Meli Malatesta lança um grande desafi o para todos que desejam condições mais equitativas no uso dos espaços urbanos. - Eduardo Alcântara de Vasconcellos. - MELI MALATESTA (MARIA ERMELINA BROSCH MALATESTA), arquiteta e urbanista, é doutora pela FAUUSP. Trabalhou por 35 anos na CET – Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo – sempre dedicada à mobilidade ativa a pé e por bicicleta. Foi a idealizadora e a criadora da Comissão Técnica de Mobilidade a Pé e Acessibilidade da ANTP – Associação Nacional de Transporte Público. Mantem o Blog Pé de Igualdade e é professora e consultora de Mobilidade Ativa.