Homem ou mulher. Há um espaço viável entre essas duas categorias ou fora delas? Qual seria sua natureza, sua definição, sua estrutura? A razão pode ao menos se livrar do masculino e do feminino, da esquerda e da direita, do interior e do exterior, do mesmo e do outro, do direito e do avesso, do binarismo e da simetria, a fim de imaginar o múltiplo, o flutuante, a indefinição? Ao longo da história, uma invenção teórica e poética tentou fornecer uma resposta a essas questões e lhe dar forma: o ‘terceiro sexo’ é aquele, quimérico e bem real, que desafiaria a lei do gênero.