Após a independência de Moçambique (1975), trabalhei durante cinco anos no Ministério da Educação e Cultura, como responsável pela formação inicial e em exercício dos professores do ensino primário. Em 1979, fui diretor provincial de Educação e Cultura de Maputo (província que englobava a capital do país), durante cinco anos. Nesse período, intensificou-se a guerra em Moçambique: primeiro mediante a agressão do regime racista da Rodésia do Sul e, depois, por meio de ações armadas do regime sul-africano do apartheid. Num contexto de guerra, aprofundou a realidade do meu país e realizei visitas de trabalho a alguns países estrangeiros na África e na Europa. Posteriormente, voltei a trabalhar no Ministério da Educação, dirigindo a Direção Nacional de Formação de Quadros da Educação durante cinco anos[1]. Em decorrência dessa trajetória, tornou-se premente a problemática da formação e do papel dos professores primários como impulsionadores fundamentais da construção da identidade nacional.