A filosofia de Hans Jonas não só exprime questões de insigne importância teórica, como está marcada por um prodigioso sentido histórico-existencial, porque é forjada em meio aos mais graves, cruéis e inquietantes eventos do século vinte: as duas grandes guerras, o horror dos campos de concentração, a bomba atômica, a crise ambiental, o avanço desenfreado das tecnologias, os experimentos com seres humanos e a crise dos fundamentos traduzida pelo niilismo cultural. Por ter convivido com alguns dos mais importantes pensadores de sua época, a começar por seus mestres Bultmann, Husserl e Heidegger, mas também os seus amigos Günter Anders, Leo Strauss, Karl Löwith, Gershom Scholem, Hans-Georg Gadamer, Karl Jaspers e sua amiga por toda a vida, Hannah Arendt, Jonas incorpora tais questões em sua filosofia [...]