Para compreender o expansionismo da hierocracia católica na África central, é analisada a dinâmica da formação do território eclesiástico denominado Vicariato Apostólico do Niassa, entre 1891 e 1911. Por meio das narrativas missionárias, compostas por diários e relatórios, é observado como os interesses eclesiásticos favoreceram o surgimento do catolicismo africano diante das disputas coloniais. A chegada dos católicos representou a disputa de outros campos simbólicos presentes na região, delineando a formação de novas fronteiras. Por isso, a configuração desse período exploratório revela a atuação eclesiástica no início do colonialismo, desenvolvido na Rhodesia do Norte e na Niassalândia.