marcado por uma profunda meditação sobre a brevidade e a transitoriedade das coisas, a velocidade dos instantes decompondo os diversos tecidos da existência. A poesia nasce como fruto da melancolia da escritora em não poder reter o fluxo da vida, podendo apenas assistir impotente ao avassalador barulho do efêmero, “o mau cheiro da memória”. Os próprios desencantos amorosos são consequências lógicas desse mundo marcado pela mutabilidade, onde nada é nascido para durar, onde a ausência é um sentimento constante do tempo.