Mas ainda em meio dessas sarças de fogo, dizia Manuel Bandeira de forma irônica a propósito da produção de Olavo Bilac, aparecia uma ou outra flor de mais fina poesia, como o soneto ‘Nel mezzo del camin...’, digno de figurar entre os mais perfeitos da nossa língua. O Olavo Bilac aquele que cantou: Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada/ E triste, e triste e fatigado eu vinha. Um Bilac objeto de admiração e que paira como um dos esteios literários deste poeta que aqui reúne pela primeira vez seus poemas em livro (apesar de uma vida de dedicação à escrita e à leitura e nenhuma preocupação em publicar). Mas termina aí sua afinidade por assim dizer anímica com o sonetista parnasiano do século 19. Como bem define o próprio José Eduardo Mendonça, Eu não quero fazer versos/ com imagens encarquilhadas de redondilhas exatas./ Eu também quero a poesia feita do fluxo,/ eu quero a naturalidade de tudo que pulsa. E assim é. [...]